fonte: Meu Professor de História
Um bom exemplo de como a manipulação midiática do noticiário
político começa com muita força pelas manchetes:
1) na primeira manchete, o dinheiro foi "desviado em
GO", não se diz por quem, e teria bancado coquetéis na "sede do
Executivo"; aparentemente, esse roubo não teve ladrão e o beneficiário foi
a "sede do Executivo". O uso da voz passiva, a impessoalização e
despartidarização (e despolitização) da notícia fica bastante evidente, o que
de certa forma ajuda a ocultar que o dinheiro foi roubado por políticos do PSDB
e financiou banquetes promovidos por políticos do PSDB (e não apenas a
"sede do Executivo", aliás, comandado em Goiás pelos tucanalhas).
2) Na manchete ao lado, menor, o empresário de propaganda
João Santana, que prestava serviços a vários partidos, ao ser denunciado pelo
Ministério Público vira "marqueteiro do PT", como se ele fosse
filiado ao partido! Só que João Santana não é petista, e além disso já prestou
serviços a todos os demais partidos. E para arrebatar, alguém em sã consciência
acha que só marketeiros que prestam serviço ao PT ganham dinheiro de caixa 2?
Quem é o nascido ontem que ainda não descobriu que o caixa 2 é prática quase
generalizada (exceção de alguns pequenos partidos programáticos)?
Agora sugiro um exercício: inverta os papéis. Se o
marketeiro da campanha de Aécio fosse denunciado por lavagem de dinheiro, seria
chamado de "marqueteiro do PSDB" na manchete? Se o presidente do PT
de algum Estado fosse processado por crimes financeiros e administrativos, a
sigla partidária e o nome dos réus desapareceria das manchetes? Se fosse um
governador do PT o beneficiário indireto, será que mencionariam uma impessoal
"sede do Executivo", ou estampariam o nome do indivíduo e o seu
partido?
ps: antes que a reaçada comece a choramingar e espernear,
isso não é uma defesa do PT, é uma crítica a uma mídia hiperconcentrada e
desavergonhadamente manipuladora.
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